domingo, 23 de setembro de 2012

ANÁLISE DE CUSTOS VARIÁVEIS E RENTABILIDADE DA PESCA DE ATUNS E AFINS DA REGIÃO SUL DO ESPÍRITO SANTO



Giglliara S. de Menezes¹



Este diagnóstico tem como objetivo identificar quais os elementos que possuem maior representatividade sobre os valores dos custos operacionais além de mostrar a rentabilidade das embarcações, do litoral sul do estado do Espírito Santo, direcionadas à pesca de atuns e afins. Os dados do Programa de Estatística Pesqueira do Espírito Santo (acordo de cooperação entre o Ministério da Pesca e Aquicultura – MPA e a Universidade Federal do Espírito Santo – UFES) serviram de base para o dignóstico da frota, sendo que dos pontos monitorados pelo Programa no sul do Estado, foram analisados os dois que possuem maior representatividade na produção, o município de Anchieta e o distrito de Itaipava (município de Itapemirim). Os custos operacionais das embarcações estão em função da autonomia em dias de viagem de pesca, por isso, houve a necessidade de estratificação das 87 embarcações em: barcos de grande autonomia (BGA), que representam 85% e barcos de pequena autonomia (BPA) com 15% da frota. Os resultados mostram que os BGA fazem viagens em média de 17 dias e consomem em média em cada uma: 1.641 litros de óleo, R$1.134,34 com rancho, 512 caixas de gelo, 383 quilos de isca e 2.003 litros de água, representando 53 %, 18%, 15% , 13% e 1% por dia do custo total variável (CTV), respectivamente. O custo anual totalizou R$ 60.216,77. A receita mensal das embarcações pode variar de R$12.813,72 a R$30.575,13, sendo que os atuns e afins representaram 89%. A receita total anual foi de R$180.459,34. Os BPA fazem viagens voltadas para a pesca de atuns e afins apenas alguns meses do ano, devido à ocorrência da espécie em áreas mais perto da costa. Em suas viagens consomem em média: 270 litros de óleo, 66 quilos de isca, R$120 com rancho, 137 caixas de gelo e 350 litros de água. Significando respectivamente: 48%, 23%, 15%, 13%e 1% do CTV anual que foi de R$ 3.515. A receita para estes desembarques varia de R$ 5.481,1 a R$ 11.926,3 e os atuns e afins represetam 94%. A receita anual foi de R$23.758,70. A forma de divisão do lucro depende da embarcação, geralmente os BGA possuem 05 tripulantes e os BPA 03; onde 38% do lucro ficam com o dono e o outros 62% são repartidos de acordo a importância da função de cada tripulante. Quanto à rentabilidade das embarcações tem-se que ambas são rentáveis, pois o preço médio de venda anual foi de R$ 6,88 e e o custo unitário de produção foi de R$ 1,84  e R$0,63 para BGA e BPA, respectivamente. Assim sendo, corrobora-se a rentabilidade de acordo com a teoria de maximização do lucro em mercado de concorrência perfeita.

Palavras-chave: armação de barcos de pesca, óleo combustível, lucro econômico

ANÁLISE DE CUSTOS VARIÁVEIS PARA A PESCA DE ATUNS DA REGIÃO DE ITAIPAVA- ES



Giglliara Segantini de Menezes¹; 



Os dados do Programa de Estatística Pesqueira do Espírito Santo, acordo de cooperação entre o Ministério da Pesca e Aquicultura – MPA e a Universidade Federal do Espírito Santo – UFES, serviram como base para demonstrar os custos totais variáveis dos barcos pesqueiros, direcionados à frota de atuns e afins, no distrito de Itaipava, Município de Itapemirim, região sul do Espírito Santo. Este diagnóstico teve como objetivo identificar quais os elementos possuem representatividade sobre os valores totais e os que devem ser priorizados para melhorar a gestão dessa atividade.  A análise teve como referência 63 embarcações dirigidas para a pesca de atuns e afins. Os gastos estão em função da autonomia em dias de viagem de pesca, por isso, houve a necessidade de estratificação dos mesmos em: barcos de grande autonomia, que representam 86% e barcos de pequena autonomia com 14% da frota. Os barcos de grande autonomia fazem viagens de pesca em média de 13 dias, e possuem como característica o uso dos petrechos, corrico e linha (62%), e consomem em média: 1.671 litros de óleo, R$ 1.641 com rancho, 617 quilos de isca, 7.980 quilos de gelo, e 3.205 litros de água. Representando respectivamente: 53%, 22%, 13%, 11% e 1%, do custo total variável (CTV) por dia, que foi de R$ 547. Totalizando um valor de R$ 7.114 por viagem. Os barcos de pequena autonomia fazem viagens de pesca em média de 5 dias, e utilizam majoritariamente o petrecho, espinhel de superfície (89%) e consomem em média: 395 litros de óleo, R$ 1.110 com rancho, 2.200 quilos de gelo, 87 quilos de isca e 378 litros de água. Significando respectivamente: 44,7%, 35%, 12%, 8% e 0,3%, do CTV que foi de R$ 376/dia. Isso representa um valor de R$ 1.884 por viagem. É importante ressaltar que existem os custos de manutenção que aparecem esporadicamente durante o ano para alguns barcos de grande porte, e se incluídos no CTV aumentam em 5% seu valor. Os resultados mostram que as embarcações direcionadas à frota de atuns e afins na região de Itaipava possuem grandes custos com litros de óleo e rancho, e que para melhorar o lucro dessa atividade, devem-se concentrar esforços para o controle ou redução dos mesmos, buscando sempre melhorar a sua gestão.

Palavras-chave: Armação de barcos de pesca, Itaipava, Óleo combustível.





Construção de uma canoa