Giglliara S. de Menezes¹
Este
diagnóstico tem como objetivo identificar quais os elementos que possuem maior
representatividade sobre os valores dos custos operacionais além de mostrar a
rentabilidade das embarcações, do litoral sul do estado do Espírito Santo,
direcionadas à pesca de atuns e afins. Os dados do Programa de Estatística
Pesqueira do Espírito Santo (acordo de cooperação entre o Ministério da Pesca e
Aquicultura – MPA e a Universidade Federal do Espírito Santo – UFES) serviram
de base para o dignóstico da frota, sendo que dos pontos monitorados pelo
Programa no sul do Estado, foram analisados os dois que possuem maior
representatividade na produção, o município de Anchieta e o distrito de
Itaipava (município de Itapemirim). Os custos operacionais das embarcações
estão em função da autonomia em dias de viagem de pesca, por isso, houve a
necessidade de estratificação das 87 embarcações em: barcos de grande autonomia
(BGA), que representam 85% e barcos de pequena autonomia (BPA) com 15% da
frota. Os resultados mostram que os BGA fazem viagens em média de 17 dias e
consomem em média em cada uma: 1.641 litros de óleo, R$1.134,34 com rancho, 512
caixas de gelo, 383 quilos de isca e 2.003 litros de água, representando 53 %,
18%, 15% , 13% e 1% por dia do custo total variável (CTV), respectivamente. O
custo anual totalizou R$ 60.216,77. A receita mensal das embarcações pode
variar de R$12.813,72 a R$30.575,13, sendo que os atuns e afins representaram
89%. A receita total anual foi de R$180.459,34. Os BPA fazem viagens voltadas
para a pesca de atuns e afins apenas alguns meses do ano, devido à ocorrência
da espécie em áreas mais perto da costa. Em suas viagens consomem em média: 270
litros de óleo, 66 quilos de isca, R$120 com rancho, 137 caixas de gelo e 350
litros de água. Significando respectivamente: 48%, 23%, 15%, 13%e 1% do CTV
anual que foi de R$ 3.515. A receita para estes desembarques varia de R$
5.481,1 a R$ 11.926,3 e os atuns e afins represetam 94%. A receita anual foi de
R$23.758,70. A forma de divisão do lucro depende da embarcação, geralmente os
BGA possuem 05 tripulantes e os BPA 03; onde 38% do lucro ficam com o dono e o
outros 62% são repartidos de acordo a importância da função de cada tripulante.
Quanto à rentabilidade das embarcações tem-se que ambas são rentáveis, pois o
preço médio de venda anual foi de R$ 6,88 e e o custo unitário de produção foi
de R$ 1,84 e R$0,63 para BGA e BPA,
respectivamente. Assim sendo, corrobora-se a rentabilidade de acordo com a
teoria de maximização do lucro em mercado de concorrência perfeita.
Palavras-chave: armação de barcos de pesca, óleo combustível, lucro
econômico
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