segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Livro para Engenharia de Produção - Foco - Daniel Goleman [Parte 1 - Liderança e o foco ]

Atenção seletiva e consciência aberta

Há um ditado na Índia que diz: “Quando um batedor de carteiras encontra um santo, tudo o que ele vê são os bolsos.

Como diz Yoda: “O seu foco é a sua realidade.”

A atenção funciona como um músculo: pouco utilizada, ela definha; bem utilizada, ela melhora e se expande. Existem 3 tipos de focos, o interno, o foco no outro e o foco externo.  


Uma vida bem vivida exige que dominemos os três. Para que obtenham resultados, líderes precisam dos três tipos de foco. O foco interno nos põe em sintonia com nossas intuições, nossos valores principais e nossas melhores decisões. O foco no outro facilita nossas ligações com as pessoas das nossas vidas. E o foco externo nos ajuda a navegar pelo mundo que nos rodeia. Um líder fora de sintonia com seu mundo interno será um desorientado; um líder cego para o mundo dos outros será um desinformado; os líderes indiferentes aos sistemas maiores dentro dos quais operam serão pegos de surpresa.



 Em 2006, a palavra “pizzled” entrou no léxico inglês. Combinação de “puzzled” (perplexo) e “pissed off” (irritado), capturava a sensação que se tinha quando se estava com alguém e essa pessoa pegava o Blackberry para começar a conversar com outra. Na época, as pessoas se sentiam magoadas e indignadas diante disso. Hoje, é a norma

Um estudante universitário observa a solidão e o isolamento que acompanham uma vida reclusa ao mundo virtual de tweets, atualizações de status e “postagens de fotos do meu jantar”. Ele lembra que seus colegas estão perdendo a habilidade de manter uma conversa, sem falar nas discussões profundas capazes de enriquecer os anos de universidade. E acrescenta: “Nenhum aniversário, show, encontro ou festa pode ser desfrutado sem que você se distancie do que está fazendo” para que aqueles no seu mundo virtual saibam instantaneamente como você está se divertindo.

O nosso foco está continuamente lutando contra distrações, tanto internas quanto externas. A questão é: o que as nossas distrações estão nos custando? Um executivo de uma empresa financeira me disse: “Quando percebo que a minha mente esteve em outro lugar durante uma reunião, me pergunto quais oportunidades eu perdi ali mesmo.”

A enxurrada de dados que nos atinge leva a atalhos desleixados, como selecionar e-mails pelo assunto, pular muitas das mensagens de voz, ler por alto mensagens e memorandos. Não é apenas que tenhamos desenvolvido hábitos de atenção que nos tornam menos eficientes, mas que o peso das mensagens nos deixa muito pouco tempo para simplesmente refletir a respeito do que elas realmente significam.

Ao escrever sobre o mundo que estava se tornando rico em informações, ele alertou para o fato de que o que a informação consome é “a atenção de quem a recebe. Eis por que a riqueza de informações cria a pobreza de atenção”. 


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