quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Oportunidades Disfarçadas: Como a Intel entrou no mercado de microprocessadores ?

Em meados dos anos 1980, a americana Intel perdia continuamente participação no mercado de chips de memória para os fabricantes japoneses. Os orientais ofereciam melhor relação custo-benefício: produção em massa, produtos de alta qualidade e preço baixo. 

“Tínhamos perdido nosso rumo. Estávamos caminhando para o vale da morte”, afirmou Andy Grove, co-fundador da companhia. Em seu livro Só os paranóicos sobrevivem, Andy relata que, em meados de 1985, estava em seu escritório com o então presidente da Intel, Gordon Moore, debatendo o problema. 

O diálogo foi o seguinte: 
– E se nos mandassem embora e a diretoria contratasse um novo presidente, o que ele faria?
– Acho que ele nos tiraria do negócio de chips. 
– Então, por que a gente não sai da sala, entra de novo e faz isso a gente mesmo?

 E, por incrível que pareça, foi exatamente isso que eles fizeram. Andy e Gordon levaram a Intel a abandonar o negócio de chips, ramo sobre o qual a empresa foi construída, e a se dedicar ao segmento de microprocessadores, que despontava na época. “As empresas japonesas continuaram a fabricar chips de memória. 

Nós simplesmente desistimos de competir. Dificuldades nos dão coragem para pensar o impensável”, disse Andy. Foi uma guinada ousada, mas estratégica. De simples fabricante de chips, a Intel se transformou na líder mundial na produção de semicondutores. Semicondutor é um tipo de material que permite o processamento das informações e, exatamente por isso, indispensável em qualquer computador. 

Atualmente, o famoso “Intel Inside” está presente no interior de PCs e Macs ao redor do mundo. O que Andy Grove e Gordon Moore fizeram foi alterar a atuação da empresa antes que o mercado o fizesse. 




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