Não tenho certeza de nada, mas a visão das estrelas me faz sonhar.
(Vincent van Gogh)
Van Gogh nasceu numa família de classe média alta e passou o início de sua vida adulta a trabalhar para uma firma de negociantes de arte. Viajou por Haia, Londres e Paris, posteriormente indo lecionar em Isleworth e Ramsgate. Profundamente religioso quando mais jovem, aspirava a ser um pastor. A partir de 1879, serviu como missionário numa região de mineração na Bélgica, onde começou a esboçar representações de pessoas da comunidade local. Em 1885, pintou seu primeiro grande trabalho. A paleta por ele empregada à época consistia principalmente em tons terrosos sombrios e não mostrava nenhum sinal da coloração vívida que viria a distinguir suas pinturas posteriores. Em março de 1886, mudou-se para Paris, onde conheceu os impressionistas franceses. Mais tarde, migrou para o sul daquele país, onde passou a ser influenciado pela forte incidência solar da região, algo que estimulou o desenvolvimento de trabalhos em maior complexidade cromática. Essa mudança veio a criar um estilo único e altamente reconhecível que encontrou auge durante sua estada em Arles, em 1888.
Após tempos sofrendo de ansiedade e com crises de desequilíbrio mental, van Gogh morreu aos 37 anos em decorrência de uma ferida de bala auto-infligida, num ato de suicídio.
Quando sinto uma terrível necessidade de religião, saio à noite para pintar as estrelas. (Vincent van Gogh)
Vincent (Estrelada, Noite Estrelada)
Estrelada, noite estrelada
Pinte sua paleta azul e cinza
Olhe ao redor em um dia de sol
Com olhos que conhecem a escuridão na minha alma
Sombras nas colinas
Desenhe árvores e narcisos
Pegue a briza e a friagem do inverno
Em cores da terra enevoada
Agora eu entendo
O que você tentou me dizer
E o quanto você sofreu por causa da sua sanidade
E como você tentou libertá-los
Eles não ouviriam
Não saberiam como
Talvez escutarão agora
Estrelada, noite estrelada
Flores flamejantes que resplandece brilhantemente
Nuvens rodopiando e nevoeiro violento
Refletem nos olhos de Vincent, olhos azuis de porcelana
Cores mudam a coloração
Campos matinais de grãos ambarino
Suportando rostos alinhados em dor
São acalmadas pelas mãos amorosas dos artistas
Agora eu entendo
O que você tentou me dizer
E o quanto você sofreu por causa da sua sanidade
E como você tentou libertá-los
Eles não ouviriam
Não saberiam como
Talvez escutarão agora
Por eles não poderem amar você
Mas ainda assim seu amor era verdadeiro
E quando nenhuma esperança foi deixada dentro
Daquela estrelada, noite estrelada
Você tomou sua vida como os amantes geralmente fazem
Mas eu poderia ter-lhe dito, Vincent
Esse mundo nunca foi feito para alguém tão bonito como você
Como os estranhos que você conheceu
O homem esfarrapado em roupas esfarrapadas
O espinho prateado da rosa ensangüentada
Estende-se esmagada e quebrada na neve virgem
Agora, acho que sei
O que você tentou me dizer
E o quanto você sofreu por causa da sua sanidade
E como você tentou libertá-los
Eles não ouviriam
Ainda não o estão escutando
Talvez eles nunca ouçam...
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