- Em uma frase, pode-se dizer que redação oficial é a maneira pela qual o Poder Público redige atos normativos e comunicações. Interessa-nos tratá-la do ponto de vista do Poder Executivo.
- A redação oficial deve caracterizar-se pela impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem, clareza, concisão, formalidade e uniformidade.
- A publicidade e a impessoalidade princípios fundamentais de toda administração pública, claro está que devem igualmente nortear a elaboração dos atos e comunicações oficiais.
- A transparência do sentido dos atos normativos, bem como sua inteligibilidade, são requisitos do próprio Estado de Direito: é inaceitável que um texto legal não seja entendido pelos cidadãos.
- A publicidade implica, pois, necessariamente, clareza e concisão.
- Devem sempre permitir uma única interpretação e ser estritamente impessoais e uniformes
- Uniforme: 1 comunicador (serviço público) e o receptor pode ser tanto o serviço público como os cidadãos.
- A redação oficial evolui com a língua
- A redação oficial não é, portanto, necessariamente árida e infensa à evolução da língua.
- Finalidade básica – comunicar com impessoalidade e máxima clareza
a) da ausência de impressões individuais de quem comunica: Obtém-se, uma desejável padronização, que permite que comunicações elaboradas em diferentes setores da Administração guardem entre si certa uniformidade;
b) da impessoalidade de quem recebe a comunicação, com duas possibilidades: ela pode ser dirigida a um cidadão, sempre concebido como público, ou a outro órgão público. Nos dois casos, temos um destinatário concebido de forma homogênea e impessoal;
c) do caráter impessoal do próprio assunto tratado: se o universo temático das comunicações oficiais se restringe a questões que dizem respeito ao interesse público, é natural que não cabe qualquer tom particular ou pessoal.
- evitar o uso de uma linguagem restrita a determinados grupos (gíria, os regionalismos vocabulares ou o jargão técnico).
- requerem o uso do padrão culto da língua.
- Lembre-se que o padrão culto nada tem contra a simplicidade de expressão, desde que não seja confundida com pobreza de expressão.
- De nenhuma forma o uso do padrão culto implica emprego de linguagem rebuscada, nem dos contorcionismos sintáticos e figuras de linguagem próprios da língua literária.
- Pode-se concluir, então, que não existe propriamente um "padrão oficial de linguagem"; o que há é o uso do padrão culto nos atos e comunicações oficiais.
- A linguagem técnica deve ser empregada apenas em situações que a exijam, sendo de evitar o seu uso indiscriminado.
- formalidade de tratamento
- mais do que isso, a formalidade diz respeito à polidez, à civilidade no próprio enfoque dado ao assunto do qual cuida a comunicação.
- A formalidade de tratamento vincula-se, também, à necessária uniformidade das comunicações
- O estabelecimento do padrão, uma das metas deste Manual, atente para todas as características da redação oficial e que se cuide, ainda, da apresentação dos textos.
Concordância com os Pronomes de Tratamento
Embora se refiram à segunda pessoa gramatical (à pessoa com quem se fala, ou a quem se dirige a comunicação), levam a concordância para a terceira pessoa.
"VossaSenhoria nomeará o substituto"; "Vossa Excelência conhece o assunto".
Já quanto aos adjetivos referidos a esses pronomes, o gênero gramatical deve coincidir com o sexo da pessoa a que se refere, e não com o substantivo que compõe a locução. Assim, se nosso interlocutor for homem, o correto é "Vossa Excelência está atarefado", "
Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigidas a
autoridades estrangeiras, que atendem a rito e tradição próprios, devidamente
disciplinados no Manual de Redação do Ministério das Relações Exteriores.
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