segunda-feira, 7 de março de 2016

Leitura Bíblica - Jó 7 e 8


Porventura não tem o homem guerra sobre a terra? E não são os seus dias como os dias do jornaleiro?

Como o servo que suspira pela sombra, e como o jornaleiro que espera pela sua paga,
Assim me deram por herança meses de vaidade; e noites de trabalho me prepararam.
Deitando-me a dormir, então digo: Quando me levantarei? Mas comprida é a noite, e farto-me de me revolver na cama até à alva.
A minha carne se tem vestido de vermes e de torrões de pó; a minha pele está gretada, e se fez abominável.
Os meus dias são mais velozes do que a lançadeira do tecelão, e acabam-se, sem esperança.
Lembra-te de que a minha vida é como o vento; os meus olhos não tornarão a ver o bem.
Os olhos dos que agora me vêem não me verão mais; os teus olhos estarão sobre mim, porém não serei mais.
Assim como a nuvem se desfaz e passa, assim aquele que desce à sepultura nunca tornará a subir.
Nunca mais tornará à sua casa, nem o seu lugar jamais o conhecerá.
Por isso não reprimirei a minha boca; falarei na angústia do meu espírito; queixar-me-ei na amargura da minha alma.
Sou eu porventura o mar, ou a baleia, para que me ponhas uma guarda?
Dizendo eu: Consolar-me-á a minha cama; meu leito aliviará a minha ânsia;
Então me espantas com sonhos, e com visões me assombras;
Assim a minha alma escolheria antes a estrangulação; e antes a morte do que a vida.
A minha vida abomino, pois não viveria para sempre; retira-te de mim; pois vaidade são os meus dias.
Que é o homem, para que tanto o engrandeças, e ponhas nele o teu coração,
E cada manhã o visites, e cada momento o proves?
Até quando não apartarás de mim, nem me largarás, até que engula a minha saliva?
Se pequei, que te farei, ó Guarda dos homens? Por que fizeste de mim um alvo para ti, para que a mim mesmo me seja pesado?
E por que não perdoas a minha transgressão, e não tiras a minha iniqüidade? Porque agora me deitarei no pó, e de madrugada me buscarás, e não existirei mais



Então respondendo Bildade o suíta, disse:

Até quando falarás tais coisas, e as palavras da tua boca serão como um vento impetuoso?
Porventura perverteria Deus o direito? E perverteria o Todo Poderoso a justiça?
Se teus filhos pecaram contra ele, também ele os lançou na mão da sua transgressão.
Mas, se tu de madrugada buscares a Deus, e ao Todo-Poderoso pedires misericórdia;
Se fores puro e reto, certamente logo despertará por ti, e restaurará a morada da tua justiça.
O teu princípio, na verdade, terá sido pequeno, porém o teu último estado crescerá em extremo.
Pois, eu te peço, pergunta agora às gerações passadas; e prepara-te para a inquirição de seus pais.
Porque nós somos de ontem, e nada sabemos; porquanto nossos dias sobre a terra são como a sombra.
Porventura não te ensinarão eles, e não te falarão, e do seu coração não tirarão palavras?
Porventura cresce o junco sem lodo? Ou cresce a espadana sem água?
Estando ainda no seu verdor, ainda que não cortada, todavia antes de qualquer outra erva se seca.
Assim são as veredas de todos quantos se esquecem de Deus; e a esperança do hipócrita perecerá.
Cuja esperança fica frustrada; e a sua confiança será como a teia de aranha.
Encostar-se-á à sua casa, mas ela não subsistirá; apegar-se-á a ela, mas não ficará em pé.
Ele é viçoso perante o sol, e os seus renovos saem sobre o seu jardim;
As suas raízes se entrelaçam, junto à fonte; para o pedregal atenta.
Se Deus o consumir do seu lugar, negá-lo-á este, dizendo: Nunca te vi!
Eis que este é a alegria do seu caminho, e outros brotarão do pó.
Eis que Deus não rejeitará ao reto; nem toma pela mão aos malfeitores;
Até que de riso te encha a boca, e os teus lábios de júbilo.
Os que te odeiam se vestirão de confusão, e a tenda dos ímpios não existirá mais.

Jó 8:1-22

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