terça-feira, 13 de outubro de 2015

Efésios 4:25-29 | Rev. Augustus Nicodemus |





Por isso deixai a mentira, e falai a verdade cada um com o seu próximo; porque somos membros uns dos outros.
Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira.
Não deis lugar ao diabo.
Aquele que furtava, não furte mais; antes trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tiver necessidade.
Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem.
E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção.
Toda a amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blasfêmia e toda a malícia sejam tiradas dentre vós,
Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.

GRAÇAS DOU - LUIZ DE CARVALHO



Graças dou por esta vida: pelo bem que revelou. 
Graças dou pelo futuro, e por tudo que passou. 
Pelas bênçãos derramadas, pela dor, pela aflição, 
Pela graça revelada! - graças dou pelo perdão.

Graças pelo azul celeste e por nuvens que há também, 
Pelas rosas do caminho, por espinhos que elas têm, 
Pela escuridão da noite, pela estrela que brilhou, 
Pela prece respondida, pelo sonho que falhou.

Pela cruz e o sofrimento e por toda provação, 
Pelo amor que é sem medida, pela paz no coração, 
Pela lágrima vertida, pelo alivio que é sem par. 
Pelo dom da eterna vida, sempre graças hei de dar!

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

John Mayer - Say




Say

Take all of your wasted honor
Every little past frustration
Take all of your so called problems
Better put 'em in quotations

Say what you need to say

Walkin' like a one man army
Fightin' with the shadows in your head
Livin' up the same old moment
Knowin' you'd be better off instead

If you could only
Say what you need to say

Have no fear for givin' in
Have no fear for giving over
You better know that in the end
It's better to say too much, than never to say what you need to say again

Even if your hands are shaking
And your faith is broken
Even as the eyes are closin'
Do it with a heart wide open

(Wide heart)

Say what you need to say
Say what you need to, say what you need to
Say what you need to say

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Resumo : Figuras de linguagem

Metáfora = A palavra é lâmpada para meus pés

Metonímia = Irei comprar um bombril

Catacrese =  A batata da perna dele é linda

Perífrase = O país do sol nascente é desprovido de grandes florestas

Sinestesia = Sentia o azul do seu perfume e o doce do seu olhar

Antítese = Você era minha felicidade que vinha com meu choro

Paradoxo = O rio corre pelo chão, mas a água corria para o céu

Eufemismo = Foi dessa para melhor

Ironia = Sua inteligência é tão superior quanto a de uma porta

Hipérbole = Estava morrendo de chorar

Prosopopeia =  O seu coração falava para não seguir em frente.


Concurso : Antítese - Paradoxo - Eufemismo - Ironia - Hipérbole - Prosopopeia

Figuras de Pensamento
Dentre as figuras de pensamento, as mais comuns são:

Antítese

Consiste na utilização de dois termos que contrastam entre si. Ocorre quando há uma aproximação de palavras ou expressões de sentidos opostos. O contraste que se estabelece serve, essencialmente, para dar uma ênfase aos conceitos envolvidos que não se conseguiria com a exposição isolada dos mesmos. Observe os exemplos:
"O mito é o nada que é tudo." (Fernando Pessoa)
O corpo é grande e a alma é pequena.
"Quando um muro separa, uma ponte une."
"Desceu aos pântanos com os tapires; subiu aos Andes com os condores." (Castro Alves)
Felicidade tristeza tomaram conta de sua alma.

Paradoxo

Consiste numa proposição aparentemente absurda, resultante da união de ideias contraditóriasVeja o exemplo:
Na reunião, o funcionário afirmou que o operário quanto mais trabalha mais tem dificuldades econômicas.
Eufemismo

Consiste em empregar uma expressão mais suave, mais nobre ou menos agressiva, para comunicar alguma coisa áspera, desagradável ou chocante.

Exemplos:
Depois de muito sofrimento, entregou a alma ao Senhor. (= morreu)
O prefeito ficou rico por meios ilícitos. (= roubou)
Fernando faltou com a verdade. (= mentiu)
Ironia

Consiste em dizer o contrário do que se pretende ou em satirizar, questionar certo tipo de pensamento com a intenção de ridicularizá-lo, ou ainda em  ressaltar algum aspecto passível de crítica. A ironia deve ser muito bem construída para que cumpra a sua finalidade; mal construída, pode passar uma ideia exatamente oposta à desejada pelo emissor.

Veja os exemplos abaixo:
Como você foi bem na última prova, não tirou nem a nota mínima!
Parece um anjinho aquele menino, briga com todos que estão por perto.

Hipérbole


É a expressão intencionalmente exagerada com o intuito de realçar uma ideia. 

Exemplos:

Faria isso milhões de vezes se fosse preciso.
"Rios te correrão dos olhos, se chorares." (Olavo Bilac)


Prosopopeia ou Personificação

Consiste em atribuir ações ou qualidades de seres animados a seres inanimados, ou características humanas a seres não humanos. Observe os exemplos:
As pedras andam vagarosamente.
O livro é um mudo que fala, um surdo que ouve, um cego que guia.
A floresta gesticulava nervosamente diante da serra.
O vento fazia promessas suaves a quem o escutasse.
Chora, violão.

Concurso: Figuras de linguagem - Catacrese - Perífrase - Sinestesia

Catacrese

Trata-se de uma metáfora que, dado seu uso contínuo, cristalizou-se. A catacrese costuma ocorrer quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, toma-se outro "emprestado". Assim, passamos a empregar algumas palavras fora de seu sentido original.
Exemplos:
"asa da xícara""batata da perna"
"maçã do rosto""pé da mesa"
"braço da cadeira""coroa do abacaxi"

Perífrase

Trata-se de uma expressão que designa um ser através de alguma de suas características ou atributos, ou de um fato que o celebrizou. Veja o exemplo:


A Cidade Maravilhosa (= Rio de Janeiro) continua atraindo visitantes do mundo todo.

Obs.: quando a perífrase indica uma pessoa, recebe o nome de antonomásia.
Exemplos:
O Divino Mestre (= Jesus Cristo) passou a vida praticando o bem.
O Poeta dos Escravos (= Castro Alves) morreu muito jovem.
O Poeta da Vila (= Noel Rosa) compôs lindas canções.


Sinestesia


Consiste em mesclar, numa mesma expressão, as sensações percebidas por diferentes órgãos do sentido.
Exemplos:
Um grito áspero revelava tudo o que sentia. (grito = auditivo; áspero = tátil)
No silêncio negro do seu quarto, aguardava os acontecimentos. (silêncio = auditivo; negro = visual)

Concurso: Figuras de linguagem - Metonímia

Metonímia

A metonímia consiste em empregar um termo no lugar de outro, havendo entre ambos estreita afinidade ou relação de sentido. Observe os exemplos abaixo:
1 - Autor pela obra: Gosto de ler Machado de Assis(= Gosto de ler a obra literária de Machado de Assis.) 

2 - Inventor pelo invento: Édson ilumina o mundo. (= As lâmpadas iluminam o mundo.)

3 - Símbolo pelo objeto simbolizado: Não te afastes da cruz. (= Não te afastes da religião.)

4 - Lugar pelo produto do lugar: Fumei um saboroso havana. (= Fumei um saboroso charuto.)

5 - Efeito pela causa: Sócrates bebeu a  morte. (= Sócrates tomou veneno.)

6 - Causa pelo efeito: Moro no campo e como do meu trabalho. (= Moro no campo e como o alimento que produzo.)

7 - Continente pelo conteúdo: Bebeu o cálice todo. (= Bebeu todo o líquido que estava no cálice.)

8 - Instrumento pela pessoa que utiliza: Os microfones foram atrás dos jogadores. (= Os repórteresforam atrás dos jogadores.)

9 - Parte pelo todo: Várias pernas passavam apressadamente. (= Várias pessoas passavam apressadamente.)

10 -  Gênero pela espécie: Os mortais pensam e sofrem nesse mundo. (= Os homens pensam e sofrem nesse mundo.)

11 -  Singular pelo plural: A mulher foi chamada para ir às ruas na luta por seus direitos. (= As mulheresforam chamadas, não apenas uma mulher.)

12 - Marca pelo produto: Minha filha adora danone. (= Minha filha adora o iogurte que é da marca danone.)

13 - Espécie pelo indivíduo: O homem foi à Lua. (= Alguns astronautas foram à Lua.)

14 - Símbolo pela coisa simbolizada: A balança penderá para teu lado. (= A justiça ficará do teu lado.)


Concurso: Figuras de linguagem - Metáfora

Metáfora

A metáfora consiste em utilizar uma palavra ou uma expressão em lugar de outra, sem que haja uma relação real, mas em virtude da circunstância de que o nosso espírito as associa e depreende entre elas certas semelhanças. É importante notar que a metáfora tem um caráter subjetivo momentâneo

Obs.: toda metáfora é uma espécie de comparação implícita, em que o elemento comparativo não aparece.

Observe a gradação no processo metafórico abaixo:

Seus olhos são como luzes brilhantes.
O exemplo acima mostra uma comparação evidente, através do emprego da palavra como.
Observe agora:

Seus olhos são luzes brilhantes.
Nesse exemplo não há mais uma comparação (note a ausência da partícula comparativa), e sim um símile, ou seja, qualidade do que é semelhante.
Por fim, no exemplo:

As luzes brilhantes olhavam-me.
Há substituição da palavra olhos por luzes brilhantes. Essa  é a verdadeira metáfora.


Esta figura de linguagem corresponde na substituição de um termo por outro através de uma relação de analogia. É importante referir que para que a analogia possa ocorrer, devem existir elementos semânticos semelhantes entre os dois termos em questão.

__________________________

A namorada
Manoel de Barros


Havia um muro alto entre nossas casas.
Difícil de mandar recado para ela. 
Não havia e-mail.
O pai era uma onça. (Metáfora)
A gente amarrava o bilhete numa pedra presa por
um cordão
E pinchava a pedra no quintal da casa dela.
Se a namorada respondesse pela mesma pedra
Era uma glória!
Mas por vezes o bilhete enganchava nos galhos da goiabeira
E então era agonia. 
No tempo do onça era assim.



Texto extraído do livro "Tratado geral das grandezas do ínfimo", Editora Record - Rio de Janeiro, 2001, pág. 17.


Concurso : Denotativo X Conotativo



DENOTATIVO = Sentido original (dicionário)

CONOTATIVO = Sentido figurado

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Fábula: Ali Babá e os 40 ladrões

Ali Babá e os 40 ladrões

        Numa cidade da antiga Pérsia [atualmente, Irã] viviam os irmãos Cássim e Ali Babá. Cássim era um dos comerciantes de tecidos mais ricos da cidade, mas Ali Babá vivia na pobreza e tinha de cortar lenha numa floresta para sustentar a família.

     Um dia Ali Babá estava cortando lenha quando viu uma nuvem de poeira. "— Que será isso?" — pensou. Percebeu que se tratava de homens a cavalo que se aproximavam e vinham em sua direção; com medo que fossem bandidos, subiu numa árvore, junto a uma grande rochedo, e se escondeu em meio à folhagem.

  
    Do alto da árvore podia ver tudo sem ser visto. Então chegaram àquele lugar quarenta homens muito fortes e bem armados de espadas, com caras de poucos amigos. Ali Babá os contou e concluiu que eram quarenta ladrões.
     Os homens desapearam dos cavalos e puseram no chão sacos pesados que continham ouro e prata. O mais forte dos ladrões, que parecia ser o chefe, aproximou-se da rocha e disse:
— Abre-te, Sésamo !
    Assim que essas palavras foram pronunciadas, abriu-se uma porta na caverna. Todos passaram por ela e entraram na caverna, e a porta se fechou novamente. Depois de muito tempo, a passagem da caverna voltou a se abrir, e por ela saíram os quarenta ladrões. Quando todos estavam fora, o chefe disse:

— Fecha-te, Sésamo !

Os bandidos colocaram os sacos em suas montarias e voltaram pelo mesmo caminho pelo qual tinham vindo. Ali Babá os seguiu com os olhos até desaparecerem. Quando se viu em segurança, e ninguém por perto, desceu da árvore, dirigiu-se à rocha e disse:

— Abre-te, Sésamo !

A porta se abriu e Ali Babá ficou sem palavras diante do que seus olhos viram: uma grande caverna cheia dos tecidos mais finos, tapetes da Pérsia, belíssimos,  e uma enorme quantidade de moedas de ouro e prata dentro de sacos.
     Ali Babá entrou com os três burros que costumava levar quando ia cortar lenha, e a porta imediatamente se fechou atrás dele. O rapaz carregou os animais com sacos de moedas de ouro e jóias, depois disso, pronunciou as palavras mágicas que abriam e fechavam a porta da caverna e foi em direção à cidade. (Fecha-te Sésamo !)

     Quando viu o ouro, sua mulher pensou que o marido tinha-se tornado um ladrão, mas ele contou tudo o que acontecera, recomendando-lhe que mantivesse segredo absoluto a respeito daquela história e não a contasse a ninguém. Quando Ali Babá falou em esconder as moedas num buraco, a mulher, então, disse:

— Boa idéia, mas antes quero contar quantas moedas de ouro temos. Vou pedir um medidor ao vizinho, enquanto você cava o buraco.

O vizinho era, justamente, Cássim, irmão de Ali Babá, que não estava em casa. Ela, então, pediu à mulher dele o medidor emprestado: uma espécie de concha grande, com a qual se calculavam as medidas de açúcar e outros mantimentos. Cheia de desconfiança, a cunhada pensou:

— Que coisa mais estranha! Para que querem um medidor ? O que é que a mulher de Ali Babá está querendo contar naquela casa tão miserável ?

Para descobrir o que era, decidiu untar (melecar) com cola o medidor; talvez um pouco daquilo ficasse grudado sem que ninguém percebesse...

Enquanto Ali Babá cavava, sua mulher calculou as medidas de ouro; depois, foi devolver o medidor à vizinha sem perceber que uma das moedas ficara presa e colada. A vizinha viu a moeda de ouro, ficou espantada, ardeu de inveja e, quando o marido chegou a casa, disse-lhe:

— Você pensa que é rico, Cássim, mas Ali Babá, seu irmão, é muito mais: até calcula quantas medidas de ouro tem!

Cássim também foi tomado pela inveja e nem pôde dormir aquela noite. No dia seguinte, foi até a casa do irmão disposto a esclarecer aquilo tudo. Lá, até ameaçou denunciar Ali Babá à polícia, se ele não lhe contasse tudo. Ali Babá, então, acabou por contar o que lhe acontecera; depois, pediu segredo ao irmão, prometendo-lhe, em recompensa, uma parte do tesouro. Cássim concordou e se despediu do irmão. Mas na manhã seguinte, bem cedo, Cássim dirigiu-se à caverna sozinho, com dez burros, disposto a voltar carregado de ouro. Ao chegar à porta da rochedo, disse:

— Abre-te, Sésamo!

A porta se abriu, Cássim entrou e ela se fechou de novo atrás dele. Que surpresa e contentamento sentiu quando a sua frente pôde ver tesouros que ele nem em sonho poderia imaginar!
 Apoderou-se de tudo o que podia levar, carregando os burros, e, ficou tão extasiado que, quando foi sair, disse:

— Abre-te, Cevada!

    Mas a porta continuou fechada. Foi então que ele se deu conta de que esquecera qual era a palavra mágica para abrir a passagem. Apavorado, tentou outras frases, mas nada, não conseguia acertar ! E ficou preso lá dentro da caverna. Por volta do meio-dia, os ladrões retornaram à rocha. Pronunciaram as palavras mágicas e entraram.
Ao verem Cássim, ficaram furiosos e imediatamente o mataram. Depois, interrogaram-se surpresos: como aquele homem conseguira entrar? Como descobrira o segredo? Para que ninguém ousasse sequer se aproximar da rocha novamente, cortaram o corpo de Cássim em quatro partes e o deixaram pendurado lá dentro. Depois, foram embora.

A esposa de Cássim ficou muito preocupada quando viu cair a noite sem que seu marido regressasse.
Foi à casa do cunhado e expressou seus temores. Ali Babá, suspeitando de que algo grave acontecera ao seu irmão, foi para a caverna. Quase desmaiou quando viu o corpo do irmão cortado em pedaços. Recolheu-os em dois sacos e voltou para a cidade com a intenção de sepultá-los.

Os quarenta ladrões ficaram espantados ao retornar à caverna e não avistarem o corpo de Cássim. O chefe disse ao bando:

— Estamos perdidos! Precisamos dar um jeito nisso, ou perderemos todas as nossas riquezas. O corpo desaparecido mostra que duas pessoas conseguiram descobrir nosso segredo: liquidamos uma delas, agora precisamos acabar com a outra.
    Um dos ladrões se dispôs a ir à cidade, encarregando-se da missão de descobrir quem era a pessoa que sabia do segredo. Se falhasse, seria morto por seus colegas bandidos, que, despedindo-se dele, elogiaram muito sua bravura.

   Havia um sapateiro na cidade, muito trabalhador e querido, chamado Mustafá. Ali Babá o encarregara de costurar o corpo do irmão Cássim para o enterrar com decência. Por uma infeliz coincidência, foi justamente esse homem sapateiro que o ladrão primeiramente viu ao chegar à cidade de manhãzinha, pois a loja do sapateiro era a única aberta àquela hora. O ladrão o cumprimentou e disse:

— O senhor começa seu trabalho muito cedo! Na sua idade, não sei como consegue enxergar para costurar esses sapatos!
— Apesar de velho, respondeu o sapateiro, meus olhos são muito bons. Há poucos minutos costurei um morto num lugar que tinha menos luz que nesta minha loja — respondeu Mustafá.

    Contente com aquela informação, o ladrão deu duas moedas de ouro na mão do sapateiro, rogando-lhe que dissesse onde ficava a casa em que ele costurara o morto. Depois de olhar para aquelas moedas brilhantes, Mustafá acabou por concordar e levou o ladrão até a frente da casa de Cássim, que agora pertencia a Ali Babá. O ladrão pegou um pedaço de giz e fez uma cruz na porta. Depois, foi-se embora em direção à floresta.

A esposa de Cássim tinha uma empregada muito bonita e esperteza, chamada Morjana. A moça, ao sair da casa, notou o sinal e desconfiou de alguma tramóia:

— Que será isso? Que coisa mais estranha! Certamente querem prejudicar meu patrão !
    Pegou, então, um pedaço de giz e marcou com o mesmo sinal três portas à direita e mais três à esquerda.

    Os ladrões foram até à cidade e pararam diante de uma das portas que tinham a marca de giz feita por Morjana. O ladrão que tinha estado ali no dia anterior disse:

— É esta!
    O chefe dos ladrões, porém, notou que havia outras seis casas cujas portas traziam o mesmo sinal e perguntou-lhe qual era, de fato, a porta que ele tinha marcado. Confuso, o homem não soube o que responder. Voltaram todos para a floresta, e o ladrão que falhara em sua missão foi morto pelos colegas.

    Aquilo já era uma afronta! Um dos ladrões se dispôs espontaneamente a retornar à cidade e descobrir onde morava o homem que descobrira o segredo da caverna. Chegou, como o primeiro, ao raiar do dia, e topou com Mustafá. A história se repetiu: o sapateiro acabou por conduzir o ladrão até a casa de Ali Babá. Para não se confundir como o primeiro, o ladrão marcou a casa com tinta vermelha e voltou para junto dos seus comparsas. Como da outra vez, Morjana notou o sinal e marcou várias outras portas das proximidades também com tinta vermelha.

    Quando o bando rumou para a cidade, viu-se diante da mesma confusão da outra vez, e o segundo bandido encarregado daquela missão foi executado.

    Os ladrões agora eram trinta e oito. Depois daquele segundo fracasso, o chefe resolveu ele mesmo se encarregar da missão. Foi pessoalmente à cidade, encontrou Mustafá sapateiro e, diante da casa de Ali Babá, em vez de deixar algum sinal, limitou-se a observá-la cuidadosamente, examinando cada detalhe que a distinguia das outras. Depois, voltou para a floresta e pôs em execução o seu plano.

    Mandou comprar trinta e oito grandes tambores para guardar azeite. Encheu de azeite apenas um deles e, nos outros, fez com que entrassem os bandidos, fortemente armados. Em cada tambor, havia pequenos buracos para que os homens pudessem respirar.

    Com os trinta e sete tamores que serviam de esconderijo aos ladrões e mais um barril cheio de azeite, carregaram-se dezenove mulas, e lá se foi o chefe à cidade. Localizou facilmente a casa de Ali Babá, que estava na frente tomando sol. Disse-lhe:

— Venho de muito longe e vim à cidade para vender meu azeite. Mas cheguei cedo demais. A noite está caindo e eu preciso dar algum descanso para as minhas mulas. O senhor não poderia me abrigar em sua casa só por esta noite?
    Ali Babá não reconheceu o chefe dos bandidos, que estava disfarçado, e aceitou amigavelmente recebê-lo em sua casa. Mandou que Morjana preparasse para o hóspede um jantar e uma cama. Os tambores foram descarregados das mulas e colocados na garagem da casa.

    Após a refeição, Ali Babá foi dormir, e o chefe dos ladrões conseguiu às escondidas encaminhar-se para onde estavam os tambores. Disse a cada um dos seus homens que neles se escondiam:

— À meia-noite, quando ouvirem minha voz, usem suas facas e punhais para abrir a tampa dos tambores e saiam.
    Após instruir seus homens, foi ao quarto que Morjana lhe havia preparado e fingiu que dormia. A empregada foi cuidar do serviço de casa. Estava entretida com seus afazeres, quando, de repente, as luzes  se apagaram. Mas não havia azeite na casa. Que fazer? O empregado Abdullah, vendo-a toda atrapalhada, disse:

— Por que essa tempestade em copo de água? Há tantos tambores cheios de azeite na garagem ! Por que você não vai lá pegar a quantidade necessária?
    Assim fez Morjana. Mas, ao se aproximar do primeiro barril, ouviu o bandido que estava escondido dentro dele perguntar, baixinho, pensando que era o chefe:

— Já está na hora?
    Assustada, Morjana ficou um tempo sem saber o que responder. Percebeu que em vez de azeite aqueles tambores escondiam bandidos perigosos. Rapidamente, pensou num meio de enfrentar aquela situação delicada. Criou coragem e, imitando a voz do chefe dos bandidos, disse:

— Ainda não é hora. Tenha paciência.
    Morjana foi de tambor em tambor, dando sempre a mesma resposta aos ladrões que lhe perguntavam se tinha chegado a hora. O último tambor continha azeite de verdade. Morjana encheu um jarro, acendeu uma lamparina e pôs em prática seu plano.

    Numa grande panela ferveu azeite. Depois, indo de tamor em tambor, derramou o líquido fervente sobre cada bandido, matando-os todos.

    À meia-noite, o chefe se levantou da cama, foi até a garagem e chamou seus homens. Não houve resposta. Sentindo cheiro de carne queimada, assustou-se. Abriu o primeiro tambor, depois o segundo e os demais — e só encontrou cadáveres. Temendo pela sua própria vida, fugiu correndo.

    De manhã, Ali Babá levantou-se e foi tomar seu banho, sem desconfiar do que se passara. Ao voltar para casa, estranhou que os tambores ainda estivessem na garagem. Morjana, então, mostrou-lhe o que eles na verdade traziam bandidos e contou o que acontecera. Ali Babá ficou muito agradecido e prometeu recompensar a empregada por ela lhe ter salvado a vida. Depois, junto com um outro empregado, tratou de enterrar os bandidos mortos numa grande fossa no cemitério da cidade. Escondeu os tambores e as armas e vendeu as mulas no mercado.

  O chefe dos ladrões voltou para a floresta, furioso e indignado, disposto a se vingar de qualquer maneira. Depois, arquitetou um plano. Com riquezas tiradas da gruta, comprou tecidos finíssimos e abriu uma loja na cidade, fazendo-se passar como comerciante Codja Hussan. A loja ficava em frente do estabelecimento que pertencera a Cássim e que agora era dirigido pelo filho de Ali Babá. O chefe dos bandidos, falso comerciante  pouco a pouco acabou por fazer com que o rapaz o considerasse seu amigo. O bandido muitas vezes o convidava para jantar.

    Um dia, o filho de Ali Babá decidiu retribuir a gentileza, convidando Codja Hussan para jantar. Ali Babá se encarregou de preparar um grande banquete para o amigo do filho. No dia combinado, o bandido, chamado para a mesa, desculpou-se dizendo que não comia comida com sal, pois assim lhe recomendara um médico. Ali Babá, então, mandou que Morjana não pusesse sal na carne que seria servida no banquete. A empregada ficou aborrecida e disse:

— Mas quem é esse homem que não come sal?

    Intrigada, quando foi ajudar a levar os pratos à mesa, lançou um olhar muito atento para o convidado. De repente, estremeceu: era o chefe dos ladrões que desejava atacar seu patrão! Por isso, não queria comer sal junto com ele. E imediatamente pensou num plano para salvar seu patrão.

    Chegada a hora das frutas, Morjana as levou junto com o vinho. O falso mercador pensava em seu plano: embriagar pai e filho e cravar um punhal no coração de Ali Babá.

    Morjana vestiu-se de dançarina, colocou um punhal no cinto e cobriu o rosto com um véu. Chamou um músico para tocar violão e os dois entraram na sala do banquete, pedindo permissão para se apresentarem. Ali Babá respondeu:

— Capriche, Morjana, e faça o melhor que puder para entreter nosso hóspede Codja Hussan!
    O hóspede fingiu estar encantado com aquela proposta que, na verdade, vinha atrapalhar seus planos. O músico pôs-se a tocar o violão e Morjana a dançar com passos e movimentos delicados. Depois, a dançarina passou para um novo tipo de dança, a que mais agradou: tomou do punhal e com ele fingiu atacar um inimigo invisível. Por fim, parou e pegou o violão para pedir aos presentes um pagamento, como faziam os dançarinos profissionais.

    Ali Babá deu-lhe uma moeda de ouro, e o mesmo fez seu filho. Quando chegou a vez de Codja Hussan, no momento em que ele pôs a mão em sua bolsa para pegar uma moeda, Morjana mais do que depressa cravou o punhal em seu coração, matando-o, pois era um monstro, não eras uma pessoa de verdade. Ali Babá exclamou:

— O que você fez? Matou um hóspede, um amigo de meu filho. Isso será a minha ruína!
    Morjana, então, contou ao patrão o que descobrira. Fez com que ele olhasse atentamente o rosto do falso mercador e reconhecesse o chefe dos ladrões. Mais uma vez, fora salvo pela empregada. Agradecido, disse:

— Você me salvou por duas vezes; agora eu lhe darei muito ouro. Mais: em recompensa por sua lealdade, você será minha nora.
    Enterraram, então, o corpo do chefe dos bandidos e, dias depois, festejou-se o casamento do filho de Ali Babá com Morjana, em meio a cantos, danças e muitas outras diversões.

    Ali Babá demorou um ano para retornar à gruta, pois ainda não sabia que todos os quarenta ladrões estavam mortos. Depois de um ano, mais tranqüilo, voltou para lá. Diante da caverna, disse:

— Abre-te, Sésamo!
    E a porta se abriu. Ali Babá notou que ninguém mais entrara na caverna; os ladrões, portanto, estavam todos mortos. Agora só ele sabia do segredo. Encheu alguns sacos com moedas de ouro e prata e voltou para sua cidade.

    Com o passar do tempo, Ali Babá contou o segredo a seu filho e depois a seus netos. Ali Babá e sua família viveram o resto de sua vida na riqueza, naquela cidade onde um dia ele fora muito pobre.

    Graças àquele tesouro, Ali Babá se tornou um homem respeitado e honrado.



Biografias que todo engenheiro de produção deveria ler (LIVROS)


A Caçada Ao Lobo de Wall Street – Jordan Belfort fez uma fortuna no mercado de ações americano nos anos 1990 e viveu uma vida de luxo, drogas, sexo e pura loucura. O problema foi que, para enriquecer dessa maneira, ele não seguiu apenas o bom caminho, e o FBI não deixou barato… Acusado de fraude de valores mobiliários, manipulação de ações, lavagem de dinheiro e outros inúmeros crimes financeiros que nem ele saberia citar, Jordan se viu obrigado a cooperar com a Justiça americana, dedurando amigos e antigos colegas para tentar se livrar de uma pena que poderia chegar a 30 anos de prisão – e arruinar de vez sua vida. Em A caçada ao Lobo de Wall Street, Jordan conta com sua fina ironia e acidez todos os detalhes de seu início de carreira, bem como tudo que aconteceu com ele depois que seu império desmoronou: perdeu a esposa, o dinheiro e quase perderia os filhos. Uma história contada sem pudores, por um homem cativante que precisou se reinventar a qualquer custo.


A Loja de Tudo – A Amazon foi uma pioneira no comércio de livros pela internet e esteve à frente da primeira grande febre das pontocom. Mas Jeff Bezos, seu visionário criador, não se contentaria com uma livraria virtual descolada: ele queria que sua empresa dispusesse de uma seleção ilimitada de produtos a preços radicalmente baixos — e se tornasse “a loja de tudo”.
Com o objetivo de descortinar esse universo, o jornalista Brad Stone obteve acesso inédito a funcionários e executivos da Amazon, além de familiares e amigos de Bezos, e o resultado é um retrato detalhado da vida na gigante do comércio on-line que expõe um mundo de competitividade sem limites. Como outros precursores da tecnologia, entre eles Steve Jobs, Bill Gates e Mark Zuckerberg, Bezos não cede em sua incansável busca por novos mercados, transformando o varejo da mesma forma como Henry Ford revolucionou a indústria — com uma impiedade tamanha que só se iguala à sua vontade de oferecer a melhor experiência possível ao cliente.
A loja de tudo é a biografia definitiva da start-up que fez uma das primeiras e maiores apostas na internet e mudou para sempre a nossa forma de ler e de comprar. É um relato honesto sobre a empresa mais emblemática da nossa era, bem como um olhar profundamente pessoal sobre o icônico personagem que a criou.
Agraciado com o prêmio de “melhor livro de negócios de 2013” pelo Financial Times/Goldman Sachs, também foi selecionado entre os melhores títulos do ano por publicações como The Washington Post e Forbes.
A obra reúne depoimentos inéditos de amigos, familiares, colaboradores e ex-funcionários da Amazon, revelando importantes detalhes de todas as jogadas de Jeff Bezos para tornar a Amazon uma das empresas mais poderosas da atualidade.
O livro inclui dezenas de imagens inéditas de Jeff Bezos desde a infância até se tornar um bilionário do Vale do Silício.



Google: A Biografia – Poucas corporações na história jamais foram tão bem-sucedidas e admiradas quanto o Google, empresa que transformou a internet e que se tornou parte indispensável de nossas vidas. Como o Google fez isso? O veterano jornalista de tecnologia Steven Levy conseguiu acesso sem precedentes à empresa e, neste livro revelador, leva os leitores para dentro dos escritórios do Google – o Googleplex – e mostra como essa organização funciona.


Asas da Loucura – “Santos-Dumont era um homem como poucos. O inesquecível livro de Hoffman conta, com compaixão e empatia, o lado humano de sua história.” The new York Times


Este é o livro definitivo sobre a vida de um dos homens mais respeitados e fascinantes do mundo: Warren Buffett. O lendário investidor pela primeira vez autorizou alguém a produzir sua biografia, concedendo a Alice Schroeder acesso irrestrito a seus familiares, amigos e parceiros – e, é claro, a ele mesmo. A autora mergulhou a fundo na vida do empresário, desvendando sua personalidade, suas lutas, seus triunfos e seus momentos de sabedoria e de insensatez. O resultado é a história de um dos maiores personagens de nosso tempo, uma figura complexa e interessante que se tornou uma lenda viva pela fortuna que construiu e, sobretudo, pelas idéias, causas e valores que defendeu. Esta biografia revela o homem por trás do mito e mostra como sua obstinação e seu talento foram sendo lapidados desde garoto – aos 6 anos, ele procurava lucrar vendendo chicletes, aos 7 pediu de presente um livro sobre o mercado de ações, aos 10 fez sua primeira visita à bolsa de valores e, aos 11, seu primeiro investimento. Apresentando a trajetória de Buffett desde sua infância, nos anos que se seguiram à Grande Depressão, até os dias de hoje, A bola de neve conta surpreendentes episódios da vida do empresário que, com sua conduta ética e disciplinada, tratou investidores como sócios e sempre pregou a honestidade como investidor, conselheiro e palestrante. Ao longo de 60 anos, Buffett fez fortuna identificando valor onde ninguém via e aproveitando-se dos momentos de crise enquanto a maior parte dos investidores recuava. Dono de um profundo conhecimento e instinto empresarial, além de uma notável capacidade de fazer amigos, sua vida é uma verdadeira aula de negócios, cheia de histórias saborosas e de ensinamentos valiosos. Como qualquer ser humano, Warren Buffett é uma mistura de força e fragilidade. Por mais notável que seja sua conta bancária, seu legado não é simplesmente a posição que ocupa no ranking das maiores fortunas, mas os princípios e ideais que enriqueceram a vida de tantas pessoas ao redor do mundo.


As mulheres compõem hoje grande parte de força de trabalho no mundo. Mas ainda são os homens que dominam os cargos de liderança. Dos 195 países independentes no mundo, apenas dezessete são governados por mulheres. A porcentagem feminina em papéis de liderança é ainda menor no mundo empresarial. Isso significa que, quando se trata de tomar as decisões mais importantes para todos, a voz das mulheres não tem o mesmo peso.



Você tem uma mente genial? Alberto Dell’Isola já foi o cara mais esquecido da faculdade, até sagrar-se campeão brasileiro de memorização, recordista latino-americano e ficar conhecido nacionalmente como o “homem-memória”. Neste livro, ele revela seus segredos e apresenta uma série de técnicas e exercícios que vão lhe ajudar a aprimorar de forma significativa sua capacidade cognitiva. Você aprenderá a treinar o seu cérebro para gravar o maior número de informações, vai potencializar sua capacidade de aprendizado e descobrirá como é possível decorar de maneira eficaz datas, fórmulas, discursos, números e acontecimentos históricos. Essas técnicas para ampliar a capacidade do cérebro não valem apenas para quebrar a banca de cassinos ou criar campeões. Suas aplicações são abrangentes e úteis para o dia a dia de todos aqueles que estudam, trabalham e vivem imersos na verdadeira avalanche de informações e dados do mundo moderno.


É difícil acreditar que um homem revolucionou os computadores nos anos 1970 e 1980, o cinema de animação e a música digital nos anos 1990. Por outro lado, são lendárias as histórias de seus repentinos acessos de raiva, revelando o verdadeiro Steve Jobs. Então, o que há, realmente, dentro do cérebro de Steve? Segundo Leander Kahney, é um fascinante feixe de contradições.
O autor destila os princípios que guiam Jobs ao lançar produtos arrasadores, ao atrair compradores fanaticamente fiéis e ao administrar algumas das marcas mais poderosas do mundo. O resultado é este livro singular sobre Steve Jobs que é, ao mesmo tempo, uma biografia e um guia de liderança, impossível de largar.



Einstein trata dos problemas fundamentais do ser humano – nos campos social, político, econômico e cultural – e torna clara sua posição diante deles: a de um sábio radicalmente consciente de que, sem a liberdade de ser e agir, o homem, por mais que conheça e possua, não é nada.
Trecho do livro:
“Recuso-me a crer na liberdade e neste conceito filosófico. Eu não sou livre, e sim às vezes
constrangido por pressões estranhas a mim, outras vezes por convicções íntimas. Ainda jovem,
fiquei impressionado pela máxima de Schopenhauer: “O homem pode, é certo, fazer o que quer,
mas não pode querer o que quer”; e hoje, diante do espetáculo aterrador das injustiças humanas, esta moral me tranquiliza e me educa. Aprendo a tolerar aquilo que me faz sofrer. Suporto então melhor meu sentimento de responsabilidade. Ele já não me esmaga e deixo de me levar, a mim ou aos outros, a sério demais. Vejo então o mundo com bom humor”.


Oportunidades Disfarçadas: Como a Intel entrou no mercado de microprocessadores ?

Em meados dos anos 1980, a americana Intel perdia continuamente participação no mercado de chips de memória para os fabricantes japoneses. Os orientais ofereciam melhor relação custo-benefício: produção em massa, produtos de alta qualidade e preço baixo. 

“Tínhamos perdido nosso rumo. Estávamos caminhando para o vale da morte”, afirmou Andy Grove, co-fundador da companhia. Em seu livro Só os paranóicos sobrevivem, Andy relata que, em meados de 1985, estava em seu escritório com o então presidente da Intel, Gordon Moore, debatendo o problema. 

O diálogo foi o seguinte: 
– E se nos mandassem embora e a diretoria contratasse um novo presidente, o que ele faria?
– Acho que ele nos tiraria do negócio de chips. 
– Então, por que a gente não sai da sala, entra de novo e faz isso a gente mesmo?

 E, por incrível que pareça, foi exatamente isso que eles fizeram. Andy e Gordon levaram a Intel a abandonar o negócio de chips, ramo sobre o qual a empresa foi construída, e a se dedicar ao segmento de microprocessadores, que despontava na época. “As empresas japonesas continuaram a fabricar chips de memória. 

Nós simplesmente desistimos de competir. Dificuldades nos dão coragem para pensar o impensável”, disse Andy. Foi uma guinada ousada, mas estratégica. De simples fabricante de chips, a Intel se transformou na líder mundial na produção de semicondutores. Semicondutor é um tipo de material que permite o processamento das informações e, exatamente por isso, indispensável em qualquer computador. 

Atualmente, o famoso “Intel Inside” está presente no interior de PCs e Macs ao redor do mundo. O que Andy Grove e Gordon Moore fizeram foi alterar a atuação da empresa antes que o mercado o fizesse. 




terça-feira, 6 de outubro de 2015

CONCURSO - AS FUNÇÕES DO "SE" (parte 2)

Parte integrante do verbo:

Verbos pronominais: indignar-se, 
sentar-se, queixar-sesuicidar-se,arrepender-se, ater-se, abster-se, orgulhar-se, apoderar-se, atrever-se, dignar-se.

Pronome reflexivo Neste caso, dependendo da predicação a que se relaciona o verbo, o pronome “se” pode exercer a função de objeto direto, indireto ou sujeito de um infinitivo, assumindo o sentido de “a si mesmo”. 

Dica/Macete: substituir por (a si mesmo)
Ex: A garota penteou-se diante do espelho. 



Pronome  recíproco Podendo também funcionar como objeto direto ou indireto, o pronome “se” corresponde a outro. Tal reciprocidade refere-se à ação do próprio sujeito. 

Dica/Macete: Pode ser trocado por- (um ao outro)
Ex: Inacreditavelmente, aqueles amigos parecem respeitar-se.


Partícula de realce ou expletiva – Assim como retrata a própria nomenclatura (realce), tal classificação permite que o pronome seja retirado da oração sem para que isso haja alteração de sentido. Neste caso, liga-se a verbos intransitivos, indicando uma ação proferida pelo sujeito. 

Dica/Macete: Quando for retirado da frase, não altera o sentido da frase.
Ex: Toda plateia riu-se diante das travessuras do palhaço trapalhão.